sábado, 15 de dezembro de 2018

Aberta convocatória de ocupação da Sala do Coro do TCA para primeiro semestre de 2019

Nova Sala do Coro / Foto: Divulgação 


O Teatro Castro Alves (TCA) e a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) – órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – abrem nesta segunda-feira, 17 de dezembro, a ‘Convocatória para Ocupação de Pauta da Sala do Coro do TCA – 1º Semestre de 2019’, que sistematiza normas, critérios e prazos para definir a programação do espaço para o período de 14 de março a 30 de junho. As inscrições ficam abertas até 7 de janeiro, nos sites www.tca.ba.gov.br www.fundacaocultural.ba.gov.br

Podem participar propostas de teatro, dança, circo, música, artes visuais, audiovisual, literatura, performances, mostras e festivais, assinadas por pessoas jurídicas de natureza artístico-cultural, da Bahia ou de outros estados. O valor da taxa de uma sessão na Sala do Coro é de R$ 1.500,00, ou de 10% do total da renda bruta da venda dos ingressos, prevalecendo o que for maior. Para produções baianas, como forma de incentivo efetivo à cena local, o valor é reduzido para R$ 500,00, ou a mesma proporção de porcentagem.

Com este procedimento de chamamento público, o TCA dá maior transparência e possibilidade de acesso às pautas deste espaço essencial para a difusão das artes da Bahia, em especial para produções experimentais, de pequeno porte, independentes e emergentes, garantindo também, por outro lado, uma variedade de opções artístico-culturais respaldadas para o público.

RETOMADA – Inaugurada no último dia 5 de julho, a Nova Sala do Coro do TCA passou por completa reforma, dentro do projeto Novo TCA. Espaço tradicional da difusão das artes da Bahia, a Sala do Coro adquiriu uma nova configuração espacial para o palco e a plateia, tendo a flexibilidade de formatos como fundamento. Múltiplos arranjos são possíveis com a arquibancada retrátil, que oferece versatilidade cênica para criadores, adaptando ao tipo que se desejar – palco italiano, arena, semiarena, cena aberta etc. Intervenções técnicas e de estrutura também incluíram a reformulação do foyer, modernização dos equipamentos de sonorização, qualificação de acústica e cenotecnia, renovação do sistema de ar-condicionado, reforma dos sanitários e camarins.

Desde setembro, o equipamento vem sendo palco para uma diversa programação de retomada, reintegrando artistas e públicos na rotina do espaço, como resultado da ‘Convocatória Especial Nova Sala do Coro – Ocupação da Pauta Artística da Nova Sala do Coro do TCA’, que, nos últimos três meses, já dispôs ao público 80 sessões de 27 projetos artísticos selecionados, juntamente com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), o Balé Teatro Castro Alves (BTCA), os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA) e as Escolas de Dança e de Música da Funceb.

Em janeiro e fevereiro de 2019, uma agenda complementar garante a continuidade desta ocupação especial, apresentando concertos da OSBA, três diferentes espetáculos do BTCA, temporada da peça “Em Família”, da companhia de teatro Os Argonautas, e show do cantor e compositor baiano Paquito. 

Edital de Mobilidade Artística e Cultural 2019


Estão abertas, a partir desta quarta-feira (12), as inscrições para a primeira chamada do Edital de Mobilidade Artística e Cultural 2019, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Com recursos de R$ 400 mil do Fundo de Cultura do estado, o edital contempla três categorias: Residência artística e cultural; formação artística e cultural; intercâmbio e difusão. Interessados podem se inscrever até 10 de janeiro de 2019, às 23h59.

Mapa dos Territórios de Identidade da Bahia onde possui representante do Coletivo

Mapa dos Territórios de Identidade da Bahia onde possui representante do Coletivo



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Reuniões

Calendário de Reuniões Gerais e Territoriais

Reuniões Gerias

1ª Reunião Geral Presencial do Territórios Culturais Bahia
Dia: 05/12/2018 - das 8h às 17:30h.
Local: Centro Cultural Amélio Amorim, em Feira de Santana - Território Portal do Sertão

Pauta:
08h às 08h30 - Boas vindas e apresentação 
08h30 às 09h30 - Contextualização política acerca da situação da cultura no Brasil e na Bahia 
09h30 às 10h30 - Apresentação das ações do Movimento Cultura Bahia
10h30 às 12h - Situação dos territórios de identidade
13h30 às 15h30 - GTs por território 
15h30 às 17h30 - Sistematização de propostas de ação para os territórios, criação de comissão provisória territorial

Relatório da 1ª Reunião Presencial do Coletivo Territórios Culturais da Bahia:

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2ª Reunião Geral Presencial dos Territórios Culturais da Bahia
Dia: 12/01/2019
Local: A definir

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Reuniões Territoriais

A definir



CLIPPING: Projetos da Rouanet injetaram R$ 49,78 bilhões na economia em 27 anos

Luiz Gustavo Barbosa, coordenador de Projetos da FGV Projetos, apresentou
nesta sexta-feira (14), durante o Fórum Cultura e Economia Criativa, a pesquisa de
impacto econômico da Lei Rouanet (Foto: Clara Angeleas/Ascom MinC)

Estudo inédito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendado pelo Ministério da Cultura (MinC), mostra que a Lei Rouanet não só impulsiona a economia criativa brasileira, como gera dividendos para o País. A cada R$ 1 investido por patrocinadores em 53.368 projetos culturais por meio da Lei em 27 anos, R$ 1,59 retornaram para a sociedade por meio da movimentação financeira de uma extensa cadeia produtiva, que vai desde a equipe contratada para construção de um cenário à logística de transporte necessária para a montagem de um show. 

O impacto econômico total da Lei Rouanet sobre a economia brasileira foi de R$ 49,8 bilhões, concluiu o estudo. O valor diz respeito à soma do impacto econômico direto (R$ 31,2 bilhões referentes ao valor total dos patrocínios captados historicamente, corrigido pela inflação) e do impacto indireto (R$ 18,5 bilhões, referentes à cadeia produtiva movimentada pelos projetos). O índice de alavancagem (R$ 1,59) é obtido por meio da divisão do impacto total (R$ 49,8 bilhões) pelo impacto direto (R$ 31,2 bilhões). Esta é a primeira vez desde que a Lei foi criada, em 1991, que seu impacto é avaliado por meio de estudo.

Para tanto, a Fundação Getúlio Vargas desenvolveu uma metodologia específica, que considera as seis áreas culturais contempladas pela Rouanet separadamente: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Humanidades (setor editorial), Música e Patrimônio Cultural (museus e memória). Para o cálculo do impacto direto, foram considerados os valores captados via Lei Rouanet, corrigidos pela inflação. 

Não foram considerados outros valores arrecadados pelos organizadores, como patrocínios e recursos provenientes de outras fontes, nem receitas com a venda de produtos, como livros, catálogos e ingressos. Para o cálculo do impacto indireto, a FGV analisou a cadeia de fornecedores movimentada pelos eventos de cada uma das áreas culturais contempladas no estudo. 

Não foram considerados os impactos pela ótica do consumo, que leva em consideração os gastos que o público dos eventos tem com hotéis, transporte, bares e restaurantes. Isso por causa da impossibilidade de se fazer pesquisa de campo junto ao público de cada um dos projetos já executados no âmbito da Rouanet. Caso esses dados tivessem sido considerados, os impactos seriam exponencialmente maiores. "O estudo da FGV comprova que a Lei Rouanet é fundamental para o Brasil. Além de todo o benefício que ela traz para a cultura, garantindo a realização de milhares de projetos culturais Brasil afora, a Lei também tem grande impacto sobre a economia, gerando renda, emprego, arrecadação e desenvolvimento para o País", afirmou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, durante o anúncio dos dados. 

O estudo foi apresentado no Fórum Cultura e Economia Criativa, realizado pela Revista Exame, em São Paulo, nesta sexta-feira (14). O Fórum visa debater o potencial das atividades culturais e criativas, que têm crescido a taxas superiores às de setores tradicionais da economia brasileira. 

Áreas top 

Patrimônio Cultural, Artes Cênicas e Música são as áreas que, em termos de volume de recursos, geram maior impacto direto e indireto na economia, uma vez que os projetos nessas áreas possuem valores mais elevados. Só a área de Patrimônio Cultural (setor museológico) movimentou R$ 12,1 bilhões na economia desde 1993. Deste total, 66% de impacto econômico direto e 34% indireto. Em seguida vem Artes Cênicas, que injetou R$ 11,8 bilhões na economia no mesmo período – 61% de impacto direto. 

A área musical teve um impacto total de R$ 10,4 bilhões na economia brasileira, sendo 60% de impacto direto. O restante das áreas – Artes Visuais, Audiovisual e Humanidades tiveram impacto econômico total em torno de R$ 5 bilhões cada. 

A área de Humanidades, que contempla o setor editorial (produtos e eventos literários) tem o maior índice de alavancagem individual. Ou seja, apesar de os projetos desta área terem um custo menor do que, por exemplo, os de Patrimônio, Música ou Artes Cênicas, sua execução gera um impacto proporcionalmente maior na cadeia produtiva do setor editorial do que o gerado por projetos nas áreas que exigem maior investimento. 

Para cada real de patrocínio aplicado em feiras literárias ou produção de livros, por exemplo, R$ 1,69 são movimentados na economia como um todo. A edição de um livro implica diagramação, impressão, atividades de edição (gastos diretos), compra de software, uso de energia elétrica, papel e logística de distribuição (gastos indiretos). Seguem-se a Humanidades, o setor de Música, com índice de alavancagem de 1,64, o de Audiovisual, 1,61, Artes Cênicas com 1,60, Artes Visuais, 1,58 e o de Patrimônio Cultural, com 1,51. A variação do índice de alavancagem é decorrente das especificidades da cadeia produtiva de cada uma dessas áreas e de como as atividades que as compõem (diagramação, impressão, logística etc.) impactam o restante da economia. 

O estudo também apontou que 90% dos investimentos dos projetos foram feitos com serviços que custaram até R$ 249,9 mil. E 66% com serviços de até R$ 49,9 mil, o que demonstra o quanto as micro e pequenas empresas estão envolvidas nos projetos. Ou seja, os projetos da Rouanet têm impactado economicamente os pequenos fornecedores. 

Metodologia 

Para chegar aos números apresentados, primeiro foram analisadas as atividades e gastos listados nas planilhas orçamentárias dos projetos de cada área específica. Depois, foi feita a correspondência entre as atividades listadas pelos proponentes da Rouanet e as que compõem a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a CNAE é uma lista com todas as atividades de todos os setores da economia nacional. 

Para medir o impacto das atividades das áreas da Rouanet na economia como um todo, foi preciso fazer uma equivalência entre as atividades listadas pelos proponentes e as listadas na CNAE. Dessa correspondência, foi gerada uma tabela com as principais atividades da cadeia produtiva de cada uma das seis áreas da Rouanet, de acordo com a terminologia utilizada pela CNAE. 

A partir desse mapeamento, criou-se um plano de contas para cada área, que é uma estrutura básica com as atividades e o percentual de gastos que cada uma delas representa para os projetos. O plano é, basicamente, uma padronização de onde (atividade) e como (porcentagem do gasto em relação ao orçamento total) são utilizados os recursos para a execução dos projetos. Com os planos de contas em mãos, foi feita a análise do impacto que cada atividade tem na economia brasileira. Para fazer essa análise, foi utilizada a Matriz Insumo Produto (MIP), também do IBGE. A MIP cruza todas as atividades da economia umas com as outras, de modo a saber o impacto gerado por cada atividade, isoladamente, em todas outras. 

Ao final, a soma do percentual dos impactos da atividade em todas as demais mostra seu impacto total na economia. Essa soma é o chamado "multiplicador" da atividade. Para se calcular o impacto de cada uma das seis áreas e da Rouanet como um todo, a FGV multiplicou os gastos (corrigidos pela inflação) com as atividades por seus multiplicadores e somou os resultados do plano de contas de cada área. A soma final corresponde ao impacto total dessa área na economia. 

Desse total, bastou subtrair o impacto direto, valor utilizado para a execução dos projetos, para a obtenção do valor do impacto indireto. Para se obter os índices de alavancagem, foi feita a divisão do valor do Impacto Total pelo Impacto Direto. 

Sobre a Lei Rouanet 

A Lei Rouanet é o principal mecanismo de apoio à cultura do Brasil. Em 27 anos, por meio da Lei, foram realizados 53.368 projetos de teatro, dança, circo, cinema, literatura, artes visuais, música design, patrimônio cultural, festas populares e outros segmentos. 

Em média, são 1.976 projetos por ano, 164 por mês, 5 por dia. Esses eventos injetaram um total de R$ 17,6 bilhões na economia criativa brasileira, ou R$ 31,2 bilhões se considerado o valor corrigido pela inflação. E somente nos últimos 5 anos, a população teve acesso a 3,3 bilhões de ingressos gratuitos para projetos culturais. Todos estes projetos não são financiados com recursos do Ministério da Cultura. Ao MinC, cabe analisar e aprovar os projetos culturais de acordo com critérios técnicos, sem qualquer avaliação subjetiva sobre o valor artístico ou cultural das propostas apresentadas, evitando assim, o dirigismo cultural. 

Quem destina os recursos aos projetos aprovados pela Lei Rouanet é a sociedade civil – pessoas físicas e empresas que decidem patrocinar os projetos recebendo em troca a possibilidade de abatimento de parte ou da totalidade do valor patrocinado do Imposto de Renda a pagar. Para pessoas físicas, o limite da dedução é de 6% do IR a pagar; para pessoas jurídicas, 4%. Isso significa que, ao ter um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, o produtor cultural ainda tem que sair em busca de patrocínio para garantir os recursos. Um projeto pode ter valor aprovado de R$ 100 mil e não conseguir patrocínio nenhum, ou seja, não captar nada, nenhum recurso. 

O valor aprovado do projeto, portanto, não é o que ele vai receber, de fato. O que conta mesmo é o valor captado. A renúncia fiscal do governo federal com a cultura, ou seja, o que ele deixa de receber de Imposto de Renda, equivale a apenas 0,64% do total de incentivos concedidos em nível federal. Para o País, é muito pouco. Para a Cultura, é fundamental. No final de 2017, o Ministério da Cultura promoveu mudanças significativas na Instrução Normativa (IN) da Rouanet, o que tornou a Lei ainda mais atraente para proponentes e patrocinadores. "A Lei ficou mais simples, mais transparente, mais adequada à realidade do mercado, mais justa a todos os atores do setor cultural, mais democrática e com controles mais eficientes", diz o ministro da Cultura. 

O número de artigos foi reduzido pela metade (136 para 73), facilitando a compreensão das regras para uso do mecanismo. Com as medidas de eficiência adotadas na atual gestão, como a migração dos processos para plataformas on-line, o tempo de análise de projetos caiu de 200 para 40 dias. O passivo de projetos pendentes de análise de prestação de contas foi reduzido pela metade, de 14.982 em 2012 para 7.965 em 2018.

Confira apresentação sobre o estudo de impacto econômico da Lei Rouanet
(Clique no link)

Assessoria de Comunicação 
Ministério da Cultura